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Levotiroxina Sódica

Bula de identificação Levotiroxina Sódica, com todas informações que precisa saber sobre o medicamento. Que foram retiradas da bula original de referência e adaptadas para uma melhor leitura e entendimento do leitor.

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

levotiroxina sódica
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

  • Comprimidos 25 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos.
  • Comprimidos 50 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos.
  • Comprimidos 75 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos.
  • Comprimidos 88 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos.
  • Comprimidos 100 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos.
  • Comprimidos 112 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos.
  • Comprimidos 125 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos.
  • Comprimidos 150 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos.
  • Comprimidos 175 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos.
  • Comprimidos 200 mcg – Embalagem contendo 30 comprimidos

USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

  • Levotiroxina sódica 25 mcg: cada comprimido contém 25 mcg de levotiroxina sódica.
  • Levotiroxina sódica 50 mcg: cada comprimido contém 50 mcg de levotiroxina sódica.
  • Levotiroxina sódica 75 mcg: cada comprimido contém 75 mcg de levotiroxina sódica.
  • Levotiroxina sódica 88 mcg: cada comprimido contém 88 mcg de levotiroxina sódica.
  • Levotiroxina sódica 100 mcg: cada comprimido contém 100 mcg de levotiroxina sódica.
  • Levotiroxina sódica 112 mcg: cada comprimido contém 112 mcg de levotiroxina sódica.
  • Levotiroxina sódica 125 mcg: cada comprimido contém 125 mcg de levotiroxina sódica.
  • Levotiroxina sódica 150 mcg: cada comprimido contém 150 mcg de levotiroxina sódica.
  • Levotiroxina sódica 175 mcg: cada comprimido contém 175 mcg de levotiroxina sódica.
  • Levotiroxina sódica 200 mcg: cada comprimido contém 200 mcg de levotiroxina sódica.
    • Excipientes: amido de milho, croscamelose sódica, estearato de magnésio, gelatina, lactose monoidratada.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

PARA QUE LEVOTIROXINA SÓDICA É INDICADO?

Este medicamento é destinado à:

  • Terapia de reposição ou suplementação hormonal (de hormônio) em pacientes com hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônio pela glândula tireoide) de qualquer causa (exceto no hipotireoidismo transitório, durante a fase de recuperação de tireoidite subaguda – doença inflamatória da glândula tireoide). Nesta categoria incluem-se: cretinismo (condição que ocorre na infância ou na fase de amamentação devido à deficiência de hormônios da tireoide na fase fetal), mixedema (associado ao hipotireoidismo, é caracterizado pela pele seca e áspera, lábios inchados e nariz espessado) e hipotireoidismo comum em pacientes de qualquer idade (crianças, adultos e idosos) ou fase (por exemplo, gravidez); hipotireoidismo primário resultante de redução da função da tireoide; diminuição primária da tireoide; remoção total ou parcial da glândula tireoide, com ou sem bócio (aumento perceptível da tireoide); hipotireoidismo secundário (da glândula hipófise) ou terciário (do hipotálamo, que é uma região do cérebro que controla o sistema endócrino).
  • Supressão do TSH hipofisário (hormônio estimulante da tireoide ou tireotropina) no tratamento ou prevenção dos vários tipos de bócios eutireoidianos (bócio decorrente do aumento de TSH), inclusive nódulos tireoidianos, tireoidite linfocítica subaguda ou crônica (tireoidite de Hashimoto/tireoidite autoimune) e carcinomas foliculares e papilares (tumores malignos) da tireoide dependentes de tireotropina.
  • Ao diagnóstico nos testes de supressão, auxiliando no diagnóstico da suspeita de hipertireoidismo (produção excessiva de hormônio pela glândula tireoide) leve ou de glândula tireoide autônoma.

COMO LEVOTIROXINA SÓDICA FUNCIONA?

Este é um medicamento que possui em sua fórmula uma substância chamada levotiroxina. A levotiroxina é um hormônio normalmente fabricado pelo organismo pela glândula tireoide.
Levotiroxina é prescrita pelo médico para suprir a deficiência desse hormônio no organismo.

QUANDO NÃO DEVO USAR LEVOTIROXINA SÓDICA?

Levotiroxina não deve ser utilizada em caso de: hipersensibilidade (alergia) aos componentes
da fórmula, infarto do miocárdio recente, tireotoxicose não tratada (síndrome clínica, não
tratada, resultante de níveis elevados de hormônio da tireoide), insuficiência suprarrenal (da
glândula localizada sobre os rins) descompensada e hipertireoidismo não tratado.
Não há contraindicação relativa a faixas etárias.

O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR LEVOTIROXINA SÓDICA?

ADVERTÊNCIAS
Informe seu médico caso seja portador de doença do coração (angina, infarto), pressão alta,
insuficiência da glândula suprarrenal, falta de apetite, tuberculose, asma ou diabetes.
A levotiroxina deve ser usada com extremo cuidado em pacientes com distúrbios
cardiovasculares (relacionados ao coração e à circulação), incluindo angina pectoris,
insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e pressão alta. Se necessário, devem ser utilizadas
doses iniciais menores, aumentos pequenos de dose e intervalos maiores entre os aumentos de
dose.
Cuidados especiais devem ser tomados em pacientes idosos com bócio e função tireoidiana
normal, que já sofreram infarto do miocárdio ou que apresentam angina pectoris, insuficiência
cardíaca ou arritmia (descompasso dos batimentos do coração) com taquicardia (aceleração do
ritmo cardíaco).
A terapia de reposição de hormônios da tireoide pode precipitar problemas das glândulas
suprarrenais ou hipófise caso não seja feito adequado tratamento com corticosteroides.
Em recém-nascidos prematuros com baixo peso, o início da terapia com levotiroxina deve ser
realizado com extrema cautela pois pode ocorrer colapso circulatório (o coração e vasos não
são capazes de irrigar todos os tecidos do corpo com oxigênio suficiente) devido a imaturidade
da função suprarrenal (vide item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Recomenda-se cautela quando a levotiroxina é administrada em pacientes com histórico
conhecido de epilepsia, pois nesses pacientes há um aumento do risco de convulsões
(contrações súbitas e involuntárias dos músculos secundárias a descargas elétricas cerebrais).
Efeitos sobre a densidade mineral óssea: o uso de levotiroxina pode estar associado a risco de
perda óssea, com consequente desenvolvimento de osteoporose (fraqueza nos ossos) e de
fraturas. Este risco foi observado em alguns estudos em mulheres na pós menopausa, usando
doses supressivas de TSH após carcinoma diferenciado de tireoide.

PRECAUÇÕES
A levotiroxina deve ser introduzida muito gradualmente em pacientes idosos e naqueles com
hipotireoidismo de longa data a fim de evitar qualquer aumento repentino das necessidades
metabólicas.
Hormônios da tireoide não devem ser usados para a redução de peso. Em pacientes eutireoidianos (com produção dos hormônios tireoidianos em níveis normais), as dosagens normais não são eficazes para a perda de peso; dosagens maiores podem produzir manifestações graves ou até mesmo que implicam em risco de vida, especialmente se administradas com outros cuidados específicos para redução de peso.
São necessários cuidados adicionais quando a levotiroxina é administrada a pacientes com
diabetes mellitus ou com diabetes insipidus.
A posologia deve ser adaptada de acordo com os testes da função tireoidiana (da tireoide). A
monitoração dos pacientes deve ser realizada de acordo com sintomas clínicos, assim como
com os testes da função da tireoide.
É necessário monitorar os pacientes recebendo administração concomitante de levotiroxina e medicamentos que podem afetar a função da tireoide (tais como amiodarona e inibidores da tirosina quinase, salicilatos e furosemida em altas doses) (vide item “O que devo saber antes de tomar este medicamento? – Interações Medicamentosas”).
Durante a terapia com levotiroxina em mulheres pós-menopáusicas com risco aumentado de osteoporose (fraqueza nos ossos), a dosagem de levotiroxina sódica deve ser ajustada para o nível eficaz mais baixo possível (vide item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).

Gravidez e amamentação
Gravidez

O tratamento com a levotiroxina não precisa ser modificado durante a gravidez. Entretanto,
informe ao médico se houver suspeita de gravidez, durante ou após o uso da medicação. Informe também ao médico caso esteja amamentando.
A levotiroxina atravessa a barreira placentária em quantidade limitada, mas seu uso na prática
médica não mostrou efeitos adversos ao feto. A manutenção dos níveis dos hormônios da tireoide dentro da faixa normal é vital para as mulheres grávidas assegurarem a sua saúde e do feto. Assim, o tratamento com levotiroxina não precisa ser modificado durante a gravidez.
Tanto os níveis de TSH (hormônio estimulante da tireoide ou tireotropina) quanto os dos hormônios tireoidianos devem ser monitorados periodicamente e, se necessário, o tratamento deve ser ajustado.
Durante a gravidez, a levotiroxina sódica é contraindicada como tratamento auxiliar do
hipertireoidismo tratado com medicamentos antitireoide. A ingestão adicional de levotiroxina pode aumentar as dosagens requeridas dos medicamentos antitireoide. Os medicamentos antitireoide, diferentemente da levotiroxina, atravessam a barreira placentária nas dosagens eficazes, o que pode resultar em hipotireoidismo no feto. Assim, o hipertireoidismo durante a gravidez deve ser tratado com baixas dosagens de um único agente antitireoidiano.

Lactação
Uma mínima quantidade de levotiroxina é excretada pelo leite materno e a lactação não
necessita ser descontinuada durante o tratamento.
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Não há indicação de que a levotiroxina possa prejudicar a habilidade de dirigir ou conduzir
máquinas.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Informe seu médico caso esteja utilizando outros medicamentos, especialmente
anticoagulantes, contraceptivos orais, colestiramina, ácido acetilsalicílico, antidiabéticos ou
antidepressivos.

Medicamento-medicamento
Efeitos da levotiroxina sobre outros medicamentos:
Aplicável para todas as vias de administração:

  • Anticoagulantes orais (medicamentos que previnem a formação de coágulos no sangue, por exemplo, dicumarol e varfarina): os hormônios tireoidianos aumentam os efeitos dos anticoagulantes orais. Pacientes em terapia com anticoagulantes ainda requerem monitoração cuidadosa quando o tratamento com agentes tireoidianos inicia-se ou é alterado conforme a necessidade de ajuste da dosagem do anticoagulante oral (redução da dose).
  • Antidiabéticos orais e insulina: o uso de levotiroxina pode levar a um aumento da glicemia, e em pacientes diabéticos, pode ser necessário ajuste de dose dos antidiabéticos orais ou da insulina. Esse efeito ocorre porque os hormônios tireoideanos ajudam a regular a sensibilidade hepática à insulina, que é importante para a inibição da gliconeogênese hepática.

Efeitos de outros medicamentos sobre a levotiroxina:

  • Medicamentos indutores enzimáticos (aumentam a ação das enzimas e sua liberação) tais como rifampicina, carbamazepina ou fenitoína, barbitúricos aumentam o metabolismo tireoidiano resultando em redução das concentrações no sangue dos hormônios tireoidianos.
  • Assim, os pacientes em terapia de reposição dos hormônios da tireoide devem necessitar de aumento nas dosagens se essas drogas forem administradas concomitantemente.
  • A amiodarona inibe a conversão periférica da levotiroxina T4 para T3 resultando em redução da concentração sérica de T3 e aumento do nível de TSH sérico.
  • Glicocorticoides, propiltiouracil e beta-simpatolíticos (especialmente propranolol) inibem a conversão periférica de levotiroxina T4 para T3 e pode levar à redução da concentração sérica de T3.
  • Inibidores da protease (classe de medicamentos que diminui a replicação viral): houve relatos de perda de efeito terapêutico da levotiroxina quando usado concomitantemente com lopinavir/ritonavir. Portanto, os sintomas clínicos, bem como testes de função da tireoide deverão ser cuidadosamente monitorados em pacientes em tratamento com levotiroxina e lopinavir/ritonavir concomitantemente.
  • Inibidores da tirosina quinase tais como imatinibe, sunitinibe ou sorafenibe podem reduzir a eficácia da levotiroxina. Portanto, os sintomas clínicos assim como a função da tireoide devem ser cuidadosamente monitorados em pacientes recebendo levotiroxina e inibidores da tirosina quinase concomitantemente. Pode ser necessário ajustar a dose da levotiroxina.
  • Estrógenos (por exemplo, anticoncepcionais orais): aumentam a ligação da tiroxina, levando a erros de diagnósticos e tratamentos.
  • Salicilatos: doses maiores que 2g/dia podem aumentar transitoriamente os níveis dos hormônios tireoidianos, seguindo-se de uma redução dos níveis de T4 total e de T4 livre na ordem de 20 – 30%.
  • Furosemida: dose alta de furosemida (> 80 mg), por via intravenosa, associada a alterações na função renal e da concentração sérica de albumina pode promover um aumento transitório de T4 livre e redução do T4 total. Esse efeito não é observado nas doses usuais utilizadas em pacientes hipertensos ou com insuficiência cardíaca.
  • Clofibrato: estudos em modelos animais sugerem que o clofibrato pode atuar como indutor enzimático microssomal e alterar o metabolismo dos hormônios tireóideos com consequente redução dos níveis de T4 e de T3 livre.
  • Antidiabéticos: a levotiroxina pode reduzir o efeito hipoglicêmico (diminuição da taxa de açúcar no sangue) dos agentes antidiabéticos orais, tais como metformina, glimepirida e glibenclamida, bem como da insulina. É recomendada a monitorização dos níveis de glicose no sangue, especialmente quando a terapia hormonal da tireoide for iniciada ou interrompida, e se necessário, a dosagem do antidiabético deve ser ajustada.
  • Meios de contraste iodados: alguns meios de contraste iodados (ácido iopanoico, ipodato de sódio e algumas preparações intravenosas contendo iodo) podem interferir temporariamente (aproximadamente durante 10 a 14 dias, tempo de excreção dos contrastes) na função tireoideana. Neste período pode haver liberação de iodo em quantidade (14 a 175 mg de iodeto) capaz de reduzir a secreção dos hormônios tireoideanos e causar hipotireoidismo.

Medicamentos administrados por via oral que podem reduzir a absorção da levotiroxina
(T4):

  • Resinas de troca-iônica tais como colestiramina, sevelamer ou sulfato cálcico de poliestireno e sais de sódio: há redução da absorção da levotiroxina ingerida devido à ligação aos hormônios tireoidianos no trato gastrintestinal. Assim, deve-se separar a administração de resinas de troca iônica da administração da levotiroxina tanto quanto possível.
  • Sequestrante de ácido biliar: colesevelam liga-se à levotiroxina e reduz a sua absorção no trato gastrointestinal. Não foi observada interação quando a levotiroxina foi administrada por pelo menos 4 horas antes de colesevelam. Desta forma, a levotiroxina deve ser administrada por no mínimo 4 horas antes de colesevelam.
  • Medicamentos para o trato gastrintestinal (relativos ao aparelho digestivo) tais como sucralfato, antiácidos e carbonato de cálcio: ocorre redução da absorção de levotiroxina no trato gastrintestinal. Assim, deve-se separar a administração de medicamentos para o trato gastrintestinal da administração da levotiroxina tanto quanto possível.
  • Sais de ferro: o sulfato ferroso reduz a absorção da levotiroxina do trato gastrintestinal. Assim, deve-se separar a administração de sais de ferro da administração da levotiroxina tanto quanto possível.

Medicamento-alimento

Soja: em recém-nascidos sob dieta com soja e tratados com levotiroxina para hipotireoidismo congênito, foi relatado um aumento no nível de TSH. Excepcionalmente, doses excessivas de levotiroxina podem ser necessárias para atingir níveis séricos normais de T4 e TSH. Durante e após a dieta com soja, é necessária uma monitorização dos níveis de T4 e TSH no sangue, com possível ajuste de dose.

Os alimentos podem interferir com a absorção da levotiroxina. Assim recomenda-se a
administração da levotiroxina com estômago vazio (1 hora antes ou 2 horas após o café da
manhã ou ingestão de alimento), a fim de aumentar sua absorção.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua
saúde.

ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR LEVOTIROXINA SÓDICA?

Levotiroxina deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz
e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.

Características do medicamento:
Os comprimidos de levotiroxina são redondos, quase brancos, planos em ambos os lados, com um sulco em ambos os lados, e com a inscrição correspondente à cada concentração (EM25; EM50; EM75; EM88; EM100; EM112; EM125; EM150; EM175; EM200) em um dos lados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e
você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

COMO DEVO USAR LEVOTIROXINA SÓDICA?

As doses administradas de levotiroxina variam de acordo com o grau de hipotireoidismo, a
idade do paciente e a tolerabilidade individual. A fim de se adaptar a posologia, é recomendável antes de iniciar o tratamento efetuar as dosagens do (T3), (T4) e do TSH.

Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.
Uso adulto

  • Hipotireoidismo: levotiroxina deve ser administrada em doses baixas (50 mcg/dia) que serão aumentadas de acordo com as condições cardiovasculares do paciente.
  • Dose inicial: 50 mcg/dia, aumentando-se 25 mcg a cada 2 ou 3 semanas até que o efeito desejado seja alcançado. Em pacientes com hipotireoidismo de longa data, particularmente com suspeita de alterações cardiovasculares, a dose inicial deverá ser ainda mais baixa (25 mcg/dia).
  • Manutenção: recomenda-se 75 a 125 mcg diários sendo que alguns pacientes, com má absorção, podem necessitar de até 200 mcg/dia. A maioria dos pacientes não exige doses superiores a 150 mcg/dia. A falta de resposta às doses de 200 mcg/dia sugere má absorção, não obediência ao tratamento ou erro diagnóstico.
  • Supressão do TSH (câncer de tireoide) / nódulos / bócios eutireoidianos em adultos: dose supressiva média de levotiroxina (T4): 2,6 mcg/kg/dia, durante 7 a 10 dias. Essa dose geralmente é suficiente para obter normalização dos níveis de T3 e T4 no organismo e falta de resposta à ação do TSH. A levotiroxina sódica deve ser empregada com cautela em pacientes com suspeita de glândula tireoide independente, considerando que a ação dos hormônios exógenos (de origem externa ao organismo) pode somar-se aos hormônios de fonte endógena (originários do organismo).

Uso pediátrico
No recém-nascido, a posologia inicial deverá ser de 5 a 6 mcg/kg/dia em função da dosagem
dos hormônios circulantes. Na criança a posologia deve ser estabelecida em função dos
resultados das dosagens hormonais e em geral é de 3 mcg/kg/dia.
Os comprimidos de levotiroxina devem ser ingeridos com estômago vazio (1 hora antes ou 2
horas após o café da manhã ou ingestão de alimento), a fim de aumentar sua absorção.
Para as crianças com dificuldades de ingerir os comprimidos, estes devem ser triturados e
dissolvidos em pequena quantidade de água. Esta suspensão pode ser administrada em colher
ou conta-gotas. Os comprimidos triturados podem também ser administrados com pequenas
quantidades de alimentos (cereais, sucos, etc.). Esta suspensão preparada não pode ser guardada para uso posterior.
Não há estudos dos efeitos de levotiroxina administrado por vias não recomendadas. Portanto,
por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente
por via oral, conforme recomendado pelo médico.

Pacientes idosos
No idoso, a integridade do sistema cardiovascular pode estar comprometida. Por isso, neste
paciente a terapia com levotiroxina deve ser iniciada com doses baixas, como por exemplo: 25-
50 mcg/dia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.


Os melhores preços


O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR LEVOTIROXINA SÓDICA?

Caso esqueça-se de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se
estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o
intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo
tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgiãodentista.

QUAIS OS MALES QUE LEVOTIROXINA SÓDICA PODE ME CAUSAR?

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação com frequência desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis)

Em geral, as reações adversas da levotiroxina estão associadas a uma dosagem excessiva e
correspondem aos sintomas do hipertireoidismo (produção excessiva de hormônio pela glândula tireoide).

  • Desordens cardíacas
    • Muito comum: palpitações (percepção dos batimentos do coração);
    • Comum: taquicardia (aceleração do ritmo cardíaco);
    • Frequência desconhecida: arritmias cardíacas (descompasso dos batimentos do coração) e dor de angina (dor no peito).
  • Desordens da pele e subcutânea
    • Frequência desconhecida: rash (erupções na pele), urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que causa coceira), sudorese (suor excessivo).
  • Desordens psiquiátricas
    • Muito comum: insônia (dificuldade para dormir).
    • Comum: nervosismo.
    • Frequência desconhecida: excitabilidade (agitação).
  • Desordens musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos
    • Frequência desconhecida: fraqueza muscular, cãibras e osteoporose (fraqueza nos ossos) em doses supressivas de levotiroxina, especialmente em mulheres pós-menopausa, principalmente quando tratado por um longo período.
  • Desordens vasculares
    • Frequência desconhecida: fogachos (súbita sensação temporária de calor), colapso circulatório (o coração e vasos não são capazes de irrigar todos os tecidos do corpo com oxigênio suficiente) em neonatos prematuros de baixo peso (vide item “O que devo saber antes de tomar este medicamento?”).
  • Desordens do sistema reprodutivo e da mama
    • Frequência desconhecida: irregularidades menstruais.
  • Desordens gastrointestinais
    • Frequência desconhecida: diarreia e vômito.
  • Investigações
    • Frequência desconhecida: perda de peso.
  • Desordens do sistema nervoso
    • Muito comum: dor de cabeça.
    • Frequência desconhecida: tremores, hipertensão intracraniana (aumento da pressão dentro do crânio caracterizada por dor de cabeça, náusea, alterações visuais e zumbido) benigna particularmente em crianças.
  • Desordens gerais e alterações no local de administração
    • Frequência desconhecida: intolerância ao calor e febre.
  • Desordens endócrinas
    • Comum: hipertireoidismo.
    • Tais efeitos geralmente desaparecem com a redução da dosagem ou suspensão temporária do tratamento.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso
do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA LEVOTIROXINA SÓDICA?

Sinais e sintomas:
Se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento podem ocorrer:
Tempestade tireoidiana (crise tireoidiana causada pelo aumento da quantidade de hormônios
da tireoide na corrente sanguínea) após a intoxicação maciça ou crônica, convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos, secundárias a descargas elétricas cerebrais), arritmias cardíacas (descompasso dos batimentos do coração), redução da função cardíaca (batimento mais fracos), coma e morte.
Conduta:
Em superdoses agudas, a absorção gastrintestinal pode ser reduzida por carvão ativado. O
tratamento frequentemente é sintomático e de suporte: betabloqueadores podem ser úteis no
controle dos sintomas de hiperatividade simpatomimética. Em casos de superdosagem com
altas quantidades, a filtração do plasma (procedimento através do qual o plasma é separado e
extraído do sangue total não-coagulado e as células vermelhas são retransferidas para o
paciente) deve ser considerada.
A superdose com levotiroxina requer um acompanhamento por um período mais extenso, uma
vez que os sintomas podem ser prorrogados por até 6 dias, devido à conversão periférica gradual da levotiroxina em tri-iodotironina.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro
médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722
6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
M.S. 1.0089.0392
Farmacêutico Responsável: Alexandre Canellas de Souza CRF-RJ nº 23277
Importado e embalado por: MERCK S.A.
CNPJ 33.069.212/0001-84
Estrada dos Bandeirantes, 1099
Rio de Janeiro – RJ – CEP 22710-571
Indústria Brasileira
Fabricado por: Merck KGaA, Darmstadt – Alemanha
ou
Merck S.A. de C.V, Naucalpan de Juarez – México

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 26/03/2019.

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